Um relatório produzido pela Agência Nacional de Energia Elétrica e entregue à CPMI do 8 de janeiro indica que o País registrou, este ano, o maior número de ataque a torres de energia em seis anos. As informações são do portal Carta Capital.
Até o dia 18 de julho, foram contabilizados 12 desligamentos provocados por atos de vandalismo. O número é o maior registrado desde 2017.
O documento foi produzido a pedido da senadora relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA).
Os atos de vandalismo contra torres de energia foram instigados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), principalmente pelas redes sociais, sob a justificativa de que, a partir da desordem, seria faria necessária uma intervenção militar para restauração da ordem.
Somente em oito dias de janeiro, mês dos atos golpistas em Brasília, o número de ataques de vandalismo contra torres foi quatro vezes maior do que em todo o ano de 2019, que contabilizou dois registros. Seis estados tiveram suas linhas de transmissão de energia afetadas durante o mês.
Entre os dias 8 e 9 de janeiro deste ano, três torres atacadas chegaram a ser derrubadas, em Cujubim (RO), Rolim de Moura (RO) e Medianeira (PR).
Ainda na semana do 8 de janeiro, foram registrados mais quatro atos de vandalismo contra torres de transmissão de energia, em Rio das Pedras (SP), Palmital (SP), Tupãssi (PR) e Vilhena (RO). Já no dia 16, outro registro, em Santa Tereza do Oeste (PR).
Um dos condenados pela tentativa de ataque a bomba no aeroporto de Brasília, George Washington, mencionou em conversas planos para a derrubada de torres como forma de causar “um caos social”.