O deputado estadual Walber Virgolino (PL) afirmou que vai processar os autores da ação que tramitou no Supremo Tribunal Federal (STF) e o acusava de ligação e incitação aos atos antidemocráticos registrados em 08 de Janeiro, em Brasília.
A declaração vem após o ministro Alexandre de Moraes decidir, na última terça-feira (19), pelo arquivamento da ação movida pelo PSOL contra os deputados Wallber Virgolino (PL) e Cabo Gilberto Silva (PL), a vereadora Eliza Virgínia (PP) e o ex-candidato ao Governo pelo PL, Nilvan Ferreira.
Durante entrevista ao Jornal das 18h – apresentado por Neto Fernandes e Louise Tonet, o parlamentar comentou a decisão e considerou que o STF consolidou tudo o que ele alegou na defesa.
“A justiça foi feita, aconteceu o que a gente sempre disse que ia acontecer. Partidos de esquerda quiseram usa o nosso nome para ganhar notoriedade política, mas sabíamos desde o começo que não tínhamos qualquer tipo de envolvimento em nenhum ato ilegal. Por isso, sempre sabíamos que nada ia acontecer, o STF sedimentou tudo aquilo que a gente vinha defendendo”, disse.
Walber disse ainda que vai acionar judicialmente os integrantes do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) na Paraíba.
“Agora o próximo passo é processar essas pessoas que quiseram denegrir nossa imagem, quiseram diminuir a nossa imagem politicamente/pessoalmente e vão ter que pagar civilmente, administrativamente e criminalmente”, comentou.
Por fim, Virgolino fez uma grave acusação de um suposto uso indevido da instituição Ministério Público para processos no Estado.
“Eu vou processar um a um, principalmente esses caras que exercem cargos dentro do Ministério Público, pessoas que usam o Ministério Público para querer desmoralizar, marginalizar quem não é marginal. Quero ver se o Ministério Público vai cortar na carne, se vai cortar na carne dessas pessoas que buscam proteção no manto do Ministério Público para marginalizar quem não é marginal”, concluiu.
O OUTRO LADO
O ex-presidente estadual do Psol na Paraíba, Tárcio Teixeira, afirmou que além da denúncia feita pelo partido, há uma ação do STF que investiga quem são os financiadores.
“Não sabemos ainda se teremos como recorrer e quais as medidas, pois ainda não sentamos – enquanto partido – para avaliar os próximos passos, mas o processo de investigação entre as pessoas, inclusive Paraíba, que foram detidas no 8 de janeiro pode envolver muita gente de nosso estado”, afirmou.
Texeira comentou sobre a acusação do deputado Walber Virgolino do uso do Ministério Público e falou sobre os processos que já enfrentou.
“O papel de qualquer cidadão que percebe indício de irregularidade ou algum indício de ataque aos direitos individuais ou coletivos tem a obrigação – principalmente sendo uma figura pública, como eu e outros companheiros e companheiras do Psol – de apresentar essa denúncia, para que a institucionalidade possa apurar até que ponto é um crime contra a coletividade, individualidade ou se não houve crime, o que não dá é pra ficar berrando aos quatro ventos sem tomar uma iniciativa concreta. O Walber está no direito dele de entrar na justiça, já entrou na justiça contra mim o Carlão, a Eliza, o Vitor Hugo de Cabedelo. E nenhum desses processos foi a frente, a gente não tem medo desse bocão”, concluiu.
PÂMELA BÓRIO SEGUE INVESTIGADA
O ministro Alexandre de Moraes determinou a prorrogação por 60 dias da investigação para saber se a ex-primeira-dama Pâmela Bório teve participação ativa nas manifestações que acabaram em depredações contra o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
Em relação à Pâmela Bório, a Polícia Federal ponderou que há provas que possam comprovar a participação da ex-primeira-dama nos atos antidemocráticos, inclusive com vídeos publicados em suas redes sociais, além de conteúdos com os dizeres “Indo à luta!!!” e outros, a exemplo de: “Não vamos entregar nossa casa aos bandidos… “Fora comunistas!!! O Brasil é nosso! Nossa bandeira jamais será vermelha!!!” e “Dia histórico! Tomamos o Brasil das mãos da quadrilha!!!”
- Politica JP
