Um avião da Gol que iria para Vitória (ES) ficou preso no asfalto, que afundou no fim da tarde desta sexta-feira (8), na pista de taxiamento do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.
Os passageiros tiveram que desembarcar do avião, que estava prestes a decolar e a aeronave teve de ser rebocada.
O canal Golf Oscar Romeo, que faz transmissão ao vivo de Congonhas no YouTube, registrou, às 17h30, quando o piloto do voo da Gol questionou à torre de controle se havia algum avião atrás para ver se algum pneu havia esvaziado. “Acho que estamos presos em um buraco”, afirmou.
A torre chegou a perguntar para o piloto de um voo da Azul que estava atrás se via o problema, mas o outro comandante disse que não.
Mesmo assim, o piloto da Gol continuou reclamando. “A gente está colocando potência aqui e não sai do lugar”, disse ele, que em seguida afirmou que iria precisar de ajuda da empresa aérea.
Em nota, a Aena, concessionária que administra Congonhas desde outubro, afirmou que uma das pistas de taxiamento do aeroporto sofreu uma desagregação do pavimento, impedindo a movimentação de uma aeronave da Gol.
“A aeronave já foi retirada do local e as operações seguem sem grande impacto, utilizando outra pista de taxiamento para acesso e saída da pista de pouso e decolagem principal”, disse a concessionária.
A empresa não disse quando o asfalto será reparado e o que provocou o afundamento.
Segundo a Gol, os passageiros, que desembarcaram em segurança, irão viajar em outra aeronave da companhia.
Congonhas registrou recentemente outros problemas. Em 29 de outubro, uma aeronave Cirrus Vision teve o pneu esquerdo do trem de pouso estourado quando pousava. A pista ficou interditada por 50 minutos até que a aeronave fosse retirada.
Em 1º de novembro, um avião de pequeno porte, vindo de Cuiabá, também teve problemas com o trem de pouso durante a aterrissagem.
Não houve feridos. O avião realizava transporte aeromédico e o passageiro foi retirado imediatamente pela equipe médica do aeroporto, em segurança.
A pista, porém, só foi liberada duas horas depois e o horário de funcionamento do aeroporto teve de ser estendido até 0h30 para que a operação das companhias aéreas fosse concluída.
Com isso, 30 voos de partida e 43 de chegada foram cancelados. As operações só foram normalizadas às 9h do dia seguinte.
Já em 3 de novembro, um jato executivo do modelo Cessna Citation, procedente de Estrela D’Oeste (SP), teve falha no sistema de freios durante a aterrissagem. Houve 12 voos cancelados e 14 alternados para outros aeroportos em razão do episódio.
Por causa da série de problemas, Congonhas passou a não aceitar mais aviões de pequeno porte na pista principal. A proibição dos “jatinhos” teve aval da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).