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Presidente de Israel pede que líderes mundiais condenem fala de Lula comparando ação de Israel a Holocausto

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O presidente de Israel, Isaac Herzog, foi às redes sociais para dizer que condena veementemente a declaração em que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, compara a ação militar israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto.

Herzog disse que há uma “distorção imoral da história” e apela “a todos os líderes mundiais para que se juntem a mim na condenação inequívoca de tais ações”. Lula deu a declaração na Etiópia antes de embarcar de volta para o Brasil. Horas depois, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu à fala do petista e disse que convocaria o embaixador brasileiro no país para uma reprimenda.

“Soldados israelenses estão lutando contra uma organização terrorista cruel que tem como objetivo declarado a aniquilação do Estado judeu e defende a supressão de outras religiões e comunidades”, disse. “Continua brutalmente a manter 134 bebês, mulheres e homens como reféns nas masmorras de Gaza”, afirmou o presidente de Israel.

Herzog cita que mesmo assim ainda existem lideranças políticas mundiais acusando o Estado-nação do povo judeu das “maldades dos feitos de Hitler”. “Ainda ontem, apresentei ao mundo, na Conferência de Segurança de Munique, um livro encontrado em Gaza elogiando e glorificando a ideologia de Hitler e o Holocausto.”

A declaração de Lula foi feita em entrevista coletiva neste domingo (18), depois da participação do presidente na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Adeba, capital da Etiópia. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”, disse.

O R7 procurou o Palácio do Planalto e o Itamaraty, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem. O espaço permanece aberto.

Desde o pronunciamento, representantes políticos e organizações fizeram declarações repudiando o discurso do líder brasileiro. O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP), classificou como a fala como “inadequada”.

A Conib (Confederação Israelita do Brasil) classificou a fala como “distorção perversa da realidade que ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”. “Os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua Carta de fundação a eliminação do Estado judeu.”

A entidade criticou a posição do governo brasileiro em relação ao conflito. “Uma postura extrema e desequilibrada em relação ao trágico conflito no Oriente Médio, abandonando a tradição de equilíbrio e busca de diálogo da política externa brasileira”, afirma o texto.

O presidente do Yad Vashem (o memorial do Holocausto em Jerusalém), Dani Dayan, disse que a declaração é uma “escandalosa combinação de ódio e ignorância”. Dayan disse que, segundo a definição da IHRA (Aliança Internacional para a Memória do Holocausto), o pronunciamento é uma “clara expressão antissemita”.

“Comparar um país que luta contra uma organização terrorista assassina com as ações dos nazis no Holocausto merece toda a condenação. É triste que o presidente do Brasil desça a um ponto tão baixo de extrema distorção do Holocausto”, escreveu nas redes sociais.

📝R7

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