Apesar de representarem uma fatia significativa dos filiados a partidos políticos, 47,72% do total – no último pleito eram 44% -, as mulheres são minoria entre os postulantes a um cargo eletivo. Em 2018, elas representaram apenas 32% das candidaturas deferidas, conforme os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São também maioria do eleitorado (53%), mas ocupam apenas 12,32% dos 70 mil cargos eletivos, segundo o Mapa da Política, elaborado pela Procuradoria da Mulher no Senado.
Na Paraíba, parlamentares femininas, defendem uma maior participação no processo eleitoral deste ano, mas entendem que fatores como machismo, falta de uma rede de apoio e a violência política de gênero as afastam das disputas eleitorais. A ONU aponta que 82% das mulheres em espaços políticos no Brasil sofreram violência psicológica.
Os dados do TSE mostram que nas eleições de 2018 foram eleitas apenas 290 mulheres (16%) para algum dos 1.790 postos eletivos, entre Congresso, Assembleias, governos estaduais e Presidência da República. Essas estatísticas mostram que a presença feminina na vida partidária ainda está longe da igualdade desejada.
Segundo a ONU Mulheres, 82% das mulheres em espaços políticos no Brasil sofreram violência psicológica; 45% sofreram ameaças; 25% sofreram violência física no espaço parlamentar; 20%, assédio sexual; e 40% afirmaram que a violência atrapalhou a sua agenda legislativa.