O juiz da 2ª Vara do Trabalho em Campina Grande determinou a suspensão das eleições da Fiep, marcada para a próxima quinta-feira (26). Motivo: falta de transparência da atual Diretoria da instituição que nem ao menos repassou a lista com os nomes dos delegados de cada sindicato que iriam votar no dia do pleito.
Relatei aqui essa situação, quase impensável, hoje à tarde. Os industriais paraibanos vinham reivindicando há dias o direito de saberem, pelo menos, os nomes daqueles que irão votar no dia do pleito.
Na decisão que suspendeu a eleição, o magistrado também ressalta que ficará a cargo da Comissão Eleitoral elaborar um novo calendário e manda a Fiep repassar, com antecedência, a lista de votantes.
E não é somente a chapa de oposição que está dizendo isso. A própria decisão do magistrado desnuda, completamente, esse cenário.
“Como bem posto na manifestação do presidente da comissão eleitoral (Id d07c6d1), há necessidade de que a FIEP disponibilize à comissão a lista com os delegados sindicais que representarão cada entidade sindical no momento da
votação secreta (artigos 34, parágrafo único, do Estatuto da FIEP, e 27, IV, do Regulamento Eleitoral da mesma entidade), por medida de transparência e para se evitar tumulto na votação, já que, em tese, mais de uma pessoa poderia comparecer para o exercício do voto”, escreveu o juiz.
A falta de transparência tem sido uma marca da gestão Buega Gadelha à frente da entidade. Conforme os industriais, faltam prestações de contas e até mesmo as regras que ditam o processo eleitoral interno eram, até poucos dias, desconhecidas da classe.
Diante desses absurdos, o Judiciário tem conseguir intervir para garantir, minimamente, uma disputa justa.
