A onda de demissões em massa tem gerado preocupações em Campina Grande. Após os recentes casos de layoff na Alpargatas, fechamento da gestora de cripto ativos Brais Company e demissões na Coteminas, as autoridades públicas do estado da Paraíba e do município de Campina Grande estão extremamente preocupadas com a possibilidade de perda de cerca de 10 mil postos de trabalho na empresa AeC, que é atualmente a maior empregadora da cidade e uma das maiores do país.
Isso acontece devido à Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a AeC, que será julgada nesta semana. A ação questiona alguns termos do Acordo Coletivo firmado entre a empresa e o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado da Paraíba (SINTEL).
A Ação Civil Pública está sendo processada no Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (TRT-PB) e, caso a decisão seja mantida, a AeC, que é uma empresa de tecnologia líder no mercado brasileiro em atendimento ao cliente, ficará proibida de realizar horas extras, algo comum em suas atividades, mas de extrema importância para garantir a continuidade dos atendimentos aos consumidores.
As consequências e impactos da manutenção dessa decisão seriam inúmeras. A empresa teria que migrar suas operações de atendimento para outras localidades, como João Pessoa, Rio Grande do Norte, Alagoas e Ceará, onde já possui call centers em operação para grandes varejistas do país.
O vice-governador da Paraíba, Lucas Ribeiro (PP-PB), ressalta o impacto social e em cadeia que uma demissão em massa na AeC pode causar. Ele destaca que não seriam apenas 10 mil desempregados, mas também 10 mil famílias desestabilizadas, especialmente em um momento difícil como o atual, com dificuldades de recolocação profissional diante das condições oferecidas por uma empresa de grande porte como a AeC. Além disso, o vice-governador alerta para o efeito dominó que isso causaria no comércio e serviços do município de Campina Grande.
