Um dia é da caça, outro, do caçador, diz o ditado popular. Vaneide Lopes, de 51 anos, foi presa em flagrante, nesta terça-feira (23), na sessão do 2º Tribunal do Júri Popular de Campina Grande, no Fórum Afonso Campos. Ela estava atuando como advogada na Paraíba , utilizando a inscrição da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, de uma pessoa que já morreu.
Na sessão, presidida pelo juiz Horácio Ferreira de Melo, Vaneide Lopes atuou como assistente da defesa do advogado titular da causa, Tadeu Licarião. A “falsa advogada” recebeu voz de prisão por parte de policiais da Delegacia de Defraudações.
O delegado da Polícia Civil, Gilson Teles, explicou que a prisão só foi possível após uma denúncia recebida na segunda-feira (22) de que a mulher estaria participando de um julgamento nesta terça. O juiz Horácio Ferreira foi comunicado sobre o caso e também informado de que a prisão só seria feita ao final do júri. Os policiais esperaram Vaneide assinar a ata com a OAB em questão e anunciaram a prisão em flagrante por falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão.
Ainda segundo o delegados, a desconfiança se deu a partir do número da OAB usado pela criminosa, que indicava o ano de registro da carteira. No caso, a OAB usada pela falsa advogada tinha um registro muito antigo, que não batia com a idade dela. Além da Paraíba, a mulher atuava em Pernambuco.
O delegado também informou que a mulher possui formação em Direito. Vaneide foi encaminhada para a carceragem da Central de Polícia de Campina Grande, onde deve aguardar pela audiência de custódia.
