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Mulheres ainda são minoria: Só 17% dos eleitos em 2020 na Paraíba são do sexo feminino

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Em um cenário político marcado pela desigualdade de gênero, as mulheres ainda enfrentam uma subrepresentação significativa na Paraíba. Segundo dados do portal DivulgaCandContas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), consultados na tarde desta segunda-feira (10), pela redação do Política&etc, apenas 17% dos eleitos nas eleições de 2020, entre prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, são do sexo feminino.

Nas eleições de 2020, o estado da Paraíba elegeu um total de 2.618 candidatos para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Deste total, apenas 444 são mulheres. Especificamente, foram eleitos 36 prefeitas e 181 prefeitos do sexo masculino, mostrando que a representatividade feminina é extremamente baixa no comando das prefeituras. A situação é similar entre os vice-prefeitos, onde foram eleitas 51 mulheres contra 166 homens.

A desigualdade é ainda maior nas Câmaras Municipais. Dos 2.184 vereadores eleitos, apenas 357 são mulheres, enquanto 1.827 são homens. Essa diferença evidencia a barreira que as mulheres enfrentam para entrar e se manter na política, um espaço tradicionalmente dominado por homens.

A Lei de Eleições estabelece um percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas a serem lançadas nas eleições proporcionais, ou seja, para cargos do Poder Legislativo. A cota de gênero deveria ser uma ferramenta efetiva de proteção do direito democrático de participação das mulheres no processo eleitoral. Mas os números mostram que na prática, ainda é preciso avançar. Apesar de as candidaturas femininas terem crescido nas últimas eleições municipais, representando 33,3% do total em 2020, a proporção de eleitas ainda é muito baixa. No Brasil, apenas 663 prefeitas foram eleitas nos mais de 5,5 mil municípios, e 17% das cidades não elegeram nenhuma vereadora.

Essa realidade sublinha a importância de ações e de políticas públicas que incentivem a participação feminina na política, visando não apenas aumentar o número de mulheres eleitas, mas também assegurar que estas possam exercer seus mandatos de forma plena e representativa.

Com blog do BG PB e PolíticaEtc

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