O ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) é hoje o nome mais cotado para ser ministro da Fazenda do novo governo Lula (PT).
Como forma de atenuar a desconfiança do mercado financeiro com Haddad, aliados do presidente eleito e integrantes da transição governamental têm defendido o economista Persio Arida para o Ministério do Planejamento, pasta hoje integrada ao Ministério da Economia, mas que será recriada por Lula.
Arida é ex-presidente do Banco Central e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS).
O PT, por sua vez, deve anunciar nos próximos dias apoio à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara dos Deputados. O entendimento é não gerar empecilhos para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, medida negociada pelo governo com o Congresso para abrir espaço no Orçamento 2023 e possibilitar a Lula o cumprimento das promessas de campanha.
Segundo a revista Fórum, a decisão ainda não foi anunciada porque Lula gostaria de um gesto de Lira, aliado de Bolsonaro. O gesto seria justamente a facilitação da tramitação da PEC no Congresso. Lira, porém, quer inverter a ordem. O PT e Lula declaram apoio a sua reeleição e ele encaminha a aprovação do projeto.
Nesta sexta, Lula se reúne com aliados em São Paulo. Interlocutores têm dito ao presidente que anunciar logo o nome do novo ministro da Fazendo facilitaria as transições da PEC no Congresso.
