Era 19 de fevereiro de 2021, em plena pandemia da covid-19. O então presidente Jair Bolsonaro tinha naquele dia uma agenda em Sertânia, Pernambuco. Ele participou do acionamento das comportas do Ramal do Agreste no reservatório de Barro Branco, obra que faz parte da Transposição.
Antes de chegar em solo pernambucano, porém, o ex-presidente desembarcou em Campina Grande, no aeroporto João Suassuna.
A visita foi relâmpago. Apenas para cumprimentar apoiadores.
Para isso foi montado um tradicional ‘cercadinho’, local onde o contato com os apoiadores ocorreria. O pagamento da estrutura foi feito com o cartão corporativo do ex-presidente. Agora, após a derrubada do sigilo, a fatura foi conhecida: R$ 10,1 mil.
E não foi o único caso. Entre os dias 18 e 26 de fevereiro daquele ano o cartão do ex-presidente serviu para financiar outros ‘cercadinhos’ em Foz do Iguaçu (PR) e Parnaíba (PI). Os valores são menores que os pagos em Campina Grande.
No meio da pandemia, quando milhares ainda morriam no país, a passagem de Bolsonaro por Campina serviu para desrespeitar as regras de isolamento social e de prevenção à covid. Sem máscaras ele fez festa ao lado de apoiadores.
A conta, claro, foi paga pelos cofres públicos.
