Presidente do TJPB diz que juízes têm o direito de se negar a julgar ações da Calvário

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O presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), desembargador João Benedito, disse que não tem como agir preventivamente para evitar que novos juízes se neguem a julgar os processos da Operação Calvário, que investiga esquema de corrupção na gestão do ex-governador Ricardo Coutinho (PT). Em entrevista à TV Cabo Branco, nesta terça-feira (14), o chefe do judiciário estadual disse que o direito de averbar suspeição é legal.

Não tem como resolver essa situação em termos de prevenção. O juiz pela lei, o Código de Processo Civil permite que ele se averbe suspeição se porventura ele não se sentir à vontade para decidir sobre determinada matéria. Aí não tem como prevenir. Se todos os juízes se averbarem suspeito temos que tomar outra solução”, explicou o presidente.

Até o momento, nove juízes pediram para não julgar um dos processos da Calvário. Sem julgador há cinco meses, os promotores do Gaeco, do Ministério Público da Paraíba, pedem o envio do processo para o “próximo Juiz de Direito estabelecido na ordem legal de substituição”.

“Em não existindo e/ou na impossibilidade de o fazê-lo, requer-se, sucessivamente, que seja oficiado ao Presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba para que tome conhecimento das inúmeras averbações de suspeição declaradas pelos magistrados nestes autos e designe Juiz de Direito para nele atuar”, ressalta o Gaeco.