test
quarta-feira, 3 / 07 / 2024
20.9 C
Campina Grande
quarta-feira, 3/07/2024
20.9 C
Campina Grande

Também pode querer ler

Após um período de relativa calmaria na pressão, a Petrobras rebateu o IBAMA que solicitou um novo estudo para analisar se liberará ou não a licença de perfuração de um poço no FZA-M-59. A petroleira foi alvo de uma recomendação da FUNAI de consulta a Povos Indígenas da região do Oiapoque, no Amapá, antes de qualquer decisão no processo de licenciamento. Assim, o IBAMA solicitou à Petrobras uma série de estudos para apurar os impactos “sociais, culturais e ambientais” da perfuração sobre os indígenas.

O ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante a OTC, o maior evento da indústria petrolífera global, realizado em Houston na semana passada, disse que queria retomar conversas com o IBAMA para tentar autorização para um simulado de perfuração do poço em outubro, quando a plataforma contratada para essa atividade estará disponível, relata a Folha, em matéria repercutida pelo Brasil 247.

A Petrobras não pretende atender ao pedido feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no âmbito do processo de licenciamento ambiental que avalia a perfuração na foz do Amazonas. O órgão ambiental cobrou análises sobre os impactos para os povos indígenas.

“A Petrobras não vai fazer esses estudos nesse estado em que está o processo de licenciamento porque eles não são legais. Existe uma portaria que deixa claro em qual fase esse tipo de consulta é adequada. Caso façamos a perfuração e tenhamos uma descoberta, aí sim caberia esse estudo no processo de licenciamento da atividade de produção”, afirmou nesta terça-feira (14) o diretor de Produção e Exploração da Petrobras, Joelson Mendes.

A exploração de petróleo na foz do Amazonas desperta preocupações de grupos ambientalistas, que veem risco de impactos à biodiversidade. Em maio do ano passado, o Ibama negou o pedido da Petrobras para realizar atividade de perfuração marítima do bloco FZA-M-59. A Petrobras apresentou um pedido de reconsideração, ainda sem resposta. No mês passado, o Ibama considerou que a nova solicitação não pode ser analisada sem os estudos relativos ao impacto para os povos indígenas.

Segundo Joelson Mendes, a posição da Petrobras já foi apresentada ao Ministério Público do Amapá (MPAP) e à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). “Esperamos que a Advocacia-Geral da União tenha uma intervenção junto ao Ibama porque esse pedido não é adequado neste momento do processo de licenciamento em que estamos”, acrescentou.

O tema foi abordado durante coletiva de imprensa sobre os resultados financeiros da Petrobras no primeiro trimestre de 2024. Foi registrado um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões, uma queda de 37,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em relação ao quarto trimestre de 2023, o recuo foi de 23,7%. “O principal fator que impactou a redução do lucro líquido foi a variação cambial. Tivemos em torno de R$ 11 bilhões de impacto, cerca de US$ 2 bilhões”, afirmou o diretor financeiro da Petrobras, Sérgio Caetano Leite.

Ainda assim, ele fez boa avaliação do resultado e comparou com o cenário de três anos atrás. “No primeiro trimestre 2021, o lucro líquido foi quase zero. Hoje estamos com um lucro líquido em torno dos US$ 4,8 bilhões. O fluxo de caixa operacional é de US$ 2 bilhões a mais do que aquele período. Apesar do resultado deste trimestre não ser que nós gostaríamos que fosse, foi um resultado muito bom e bastante superior ao do primeiro trimestre 2021.”

- Publicidade -spot_img
- Publicidade -

Últimas

Lula diz que Bolsonaro “não volta mais” à Presidência da República

presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (2) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou R$...
- Publicidade -spot_img

Relacionados

- Publicidade -spot_img