Existe verdadeiramente possibilidade ou possibilidades de algum paraibano integrar o governo Lula como ministro de Estado ou ocupante de outro cargo de importância nacional? A resposta mais verdadeira para essa questão talvez seja a de que dificilmente a Paraíba consiga emplacar nomes no ministério do governo petista.
E por que é tão difícil assim? Primeiro porque a disputa por cargos é enorme e existe um gigantesco batalhão de candidatos na fila. Depois porque não existem no momento quadros de militantes políticos ou de técnicos de destaque dentro do PT ou junto a Lula com RG paraibano e com perfil de ministro. Pelo menos do conhecimento público.
A figura pública paraibana com trânsito mais próximo junto a Lula talvez seja o ex-governador Ricardo Coutinho, mas, pelo resultado das eleições e pelos muitos processos que ele responde na Justiça, além do congestionamento de outros quadros de maior destaque no entorno da transição de governo, é improvável que o nome do ex-gestor paraibano acabe lembrado para o primeiro escalão da administração federal.
Observe-se que também não existem nos demais partidos que integram a aliança liderada pelo PT no Estado outros quadros que reúnam condições técnicas e políticas para ascender ao posto de ministro. Existem nomes lembrados, como o do próprio ex-governador Ricardo Coutinho, o da deputada Pollyanna Dutra, que disputou o Senado, além do compositor Chico César, mas com cotações para cargos abaixo do primeiro escalão.
O partido de Hugo foi convidado e deve integrar a base de Lula. A imprensa nacional tem assinalado que o Republicanos vai integrar a equipe ministerial de Brasília. O problema, para Hugo, é que a imprensa nacional têm especulado que o ministro do Republicanos seria seu presidente nacional, o deputado Marcos Pereira (SP), que já faz parte do comitê político da transição.
Ocorre, porém, que o nome de Pereira tem sido aventado para um ministério da área econômica, um setor que está repleto de cotações de nomes com currículos de peso. Assim, dificilmente haverá lugar para o presidente do Republicanos nesse imprensado setor do governo. É aí, então, que crescem as chances do paraibano Hugo Motta. Ele seria a outra opção na escala de indicação do partido, com a disponibilidade para ocupar ministérios em outras áreas de governo que não a da economia.
Em suma, se a Paraíba conseguir emplacar algum nome no ministério do governo Lula será por obra das articulações político-partidárias de Brasília. Não por prestígio pessoal ou fomentado profissionalmente no Estado.
** Portal T5