Justiça condena delegada e escrivão por exigir R$ 5 mil para arquivar inquérito na Paraíba

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A delegada Maria Soledade e o escrivão Alexandre Pereira, ambos da Polícia Civil, foram condenados a quatro anos de prisão. A decisão foi tomada nessa terça-feira (6) pela juíza Alessandra Varandas, da Comarca de Alagoa Grande. A pena foi revertida em prestação de serviços, mas os dois vão perder os cargos.

O advogado Aécio Farias, da defesa de Maria Soledade e de Alexandre Pereira, informou que como os réus já havia cumprido algum tempo de prisão domiciliar provisória antes da condenação a juíza reduziu a condenação para dois anos e seis meses para a delegada e três anos e quatro meses para o escrivão.

A dupla também foi condenada a recolhimento domiciliar aos sábados e domingos, entre às 20h e 5h.

“Foram quatro anos para cada, porém ela (a juíza) considerou o tempo de prisão domiciliar provisório e ficou dois anos e meio para ela (a delegada) e três anos e quatro meses para ele (escrivão), além da perda dos cargos. Vamos recorrer”, afirmou o advogado.

Entenda o caso

A delegada e o escrivão foram presos após exigir pagamento de R$ 5 mil para arquivar um inquérito que investigava um suposto furto de cachaça de um engenho em Alagoa Grande.

A investigação seria contra um policial rodoviário federal, que não havia furtado o produto, mas o pegou, de acordo com o processo, em negociação com um funcionário da destilaria na condição de realizar o pagamento no outro dia.

Posteriormente, houve o pagamento de R$ 2,5 mil à delegada e ao escrivão, mas o advogado do policial acionou o Ministério Público da Paraíba (MPPB), que investigou a situação e colheu provas contra a delegada e o escrivão.

Veja abaixo parte da sentença: